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O rio transborda



Eu sou o rio que transborda.

O vento que arrepia

Os corpos nus dos amantes.

Sou aquilo que vem depois e antes.


Eu sou o durante.

A dúvida e a certeza.

Manifesto e imanifesto.

O horrendo e a beleza.


Luz e trevas.

Paz e violência.

A noite e o dia.

A coragem e o medo.


Eu sou a contradição.

Em mim e em ti, resido.

Desejo contido.

Alguns chamam de paixão.


Preencho a vida de alma,

Abalando as estruturas da calma.

Dúbio, néscio, devasso.

Porque não aceito menos que isso.


Rodrigo Monsores

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