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Resenha [Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo]

Foto do escritor: Rodrigo MonsoresRodrigo Monsores

Elenco: Michelle Yeoh, Jamie Lee Curtis, Stephanie Hsu, Ke Huy Quan

Duração: 140 min

Diretor: Dan Kwan, Daniel Scheinert

Distribuidora: Diamond Filmes

Gênero: Ação

Classificação: 14 Anos




Fonte da imagem: https://www.termometrooscar.com/uploads/1/4/8/8/1488234/s118581882355374300_p77_i9_w1012.jpeg?width=640


Hoje, doze de março de 2023, daqui a algumas horas, ocorrerá a premiação do Oscar. Um dos indicados e favoritos é "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo", um filme de ficção científica e comédia. Há bastante ação e drama também, então é difícil enquadrá-lo em apenas um gênero.


A história inicia em um ritmo acelerado, mostrando a vida de uma imigrante chinesa, Evelyn Wang, que vive com muitas dificuldades para administrar uma lavanderia quase tão falida quanto sua própria família. Seu casamento está à beira do término e sua filha rebelde mal fica em casa. Seria um drama comum, mas a trama surpreende a todos quando a protagonista descobre a existência de realidades paralelas, o multiverso.


A comédia bate quase tão forte quanto a protagonista nos adversários que surgem em seu caminho. Um filme chinês sem luta não é filme que se preze e nesse sentido, esse não decepciona. Os acontecimentos são inusitados, insólitos em muitos momentos. Evelyn logo entende que precisará salvar bem mais que a si mesma, se quiser sua vida de volta.


Mesmo em meio a cenas típicas de pastelão, o filme suscita questionamentos importantes que fisgam o espectador. Não acredito que haja algum ser humano no planeta que não tenha pensado pelo menos uma vez, em algum momento de sua vida: E se tivesse sido diferente? E se tivesse feito outras escolhas?


Acertos, erros, conquistas, fracassos, desenganos, coleções inteiras de momentos que nos moldam e que impactam a vida dos outros ao nosso redor. E se fosse diferente? E se eu pudesse fazer diferente? E se eu puder fazer diferente com o tempo que ainda me resta? As coisas da vida fazem sentido? E tem que fazer? Para quê e para quem? Por quê?


Filosofia com comédia, ficção científica, cenas de ação absurdas e um drama familiar, em efeitos especiais muito bem executados. Bata tudo no liquidificador e você tem um dos favoritos à premiação. Se vai levar o prêmio de melhor filme, ainda não sabemos.


Gostei das mensagens filosóficas e das reflexões, mas fiquei com um sentimento de: "É um bom filme de sessão da tarde, não deveria estar indicado a tantos prêmios". (O filme recebeu 11 indicações, incluindo a de melhor filme). É relativamente longo (140 minutos) e pelo menos metade dele foi dedicada para ambientar o espectador na questão do multiverso e das realidades paralelas. Felizmente, há uma boa virada no ritmo da metade para o final, bem no momento em que eu iria começar a me sentir entediado. Acredite, não é coincidência, tudo bem calculado e executado.


Segundo levantamento do IGN, a produção superou "Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei" e acumula 158 prêmios. Isso atesta sua qualidade. Mas, para mim, depois de vários filmes explorarem a questão das realidades paralelas, este aqui não traz nada novo. No entanto, executa bem uma proposta interessante de discutir dramas humanos em múltiplas possibilidades.


Acredito que vale assistir, desde que se tenha a mentalidade bem aberta e olhar o filme com imparcialidade em relação ao que ele propõe ser, e não comparando-o a outras obras. Caso tenha tempo e disposição, poderá dar boas risadas enquanto pensa um pouco em questões existenciais.


Resenha por: Rodrigo Monsores










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