Rosa Araújo
A pequena Olivia se esforçava para juntar aqueles “desenhos” que insistiam em dançar na frente dos seus olhos. Não conseguia. Ela era teimosa, mas, sabia que sozinha, não conseguiria juntar os tais “desenhos” para formar um “desenho” maior chamado “palavra”.
Ela tinha ouvido falar que era importante juntar tudo e formar a tal palavra, e, depois juntar todas elas para poder escrever e contar histórias.
Ela queria poder contar as aventuras que imaginava para ajudar a si mesma e a seus amigos a suportarem a dura vida de ser uma criança de rua.
Seu maior desejo era poder escrever uma que começasse assim: “Era uma vez, uma menina de rua, que, num passe de mágica, aprendeu a ler e escrever e começou a contar lindas histórias “. Mas mágicas, não aconteciam na rua.
Um dia, uma moça que passava todos os dias pelo lugar onde Olívia costumava ficar, percebeu a pequena agarrada a um livrinho amassado de contos de fadas. Parou e perguntou qual história ela estava lendo. A menina respondeu que não sabia ler, mas, que amava aquele livro.
Então, a moça, que era professora em uma escola ali perto, começou a ensinar a pequena a juntar os “desenhos” e a formar as tão desejadas palavras.
E a maldição de não conseguir juntar os “desenhos” finalmente foi quebrada! A pequena Olivia, com os papéis e lápis dados por sua fada professora madrinha, começou a escrever: “era uma vez...” e nunca mais parou de realizar a magia da escrita, levando encantamento aos amigos e a quem mais quisesse participar de seu mundo mágico de histórias.
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